A palavra emoção tem origem no latim, na palavra ex movere, que significa “mover para fora” ou “afastar-se”. Um movimento de dentro para fora, um modo de comunicar os nossos mais importantes estados e necessidades internas.
Existem cinco emoções básicas: O medo, a raiva, a alegria, a tristeza e o nojo. Cada uma cria um tipo de resposta em nosso organismo.
Assista a esse vídeo e entenderá do que estou falando:
Imagine-se no lugar da pessoa do vídeo: você está andando na rua tranquilamente quando de repente percebe um carro vindo em sua direção, e em milésimos de segundo precisa tomar uma atitude.
Os nossos sentidos são capazes de perceber ameaças e rapidamente ativarem as áreas cerebrais responsáveis pelo medo, que causam uma resposta extremamente rápida: Seus níveis de cortisol, adrenalina e noradrenalina sobem, seus músculos são ativados e você se prepara para um estado de luta ou fuga. E assim, tem a possibilidade de sobreviver.
Ou seja,
As emoções são o mecanismo do nosso corpo para que possamos responder de forma rápida a estímulos externos.
Sabe-se que todas as nossas decisões possuem base emocional: se um dia você foi para casa por um caminho mais escuro e se sentiu ameaçado, seu cérebro emocional (ou cérebro límbico) envia uma mensagem de perigo ao seu organismo, e você criará uma memória com esse local – sempre que pensar em passar lá novamente, terá um frio na espinha que irá te impedir. E essa é a lógica para todas as nossas decisões racionais
(sabe a frase “eu não sou emocional não! Sou super racional!”? Bem… A neurociência nos mostra que todas as decisões racionais são baseadas em emoções vividas anteriormente!).
Veja bem: não é comum estarmos andando na rua e percebermos um carro em alta velocidade prestes a nos atingir, mas mesmo assim, o medo, por exemplo, atua em nossas atitudes das formas mais sutis e diferenciadas. É importante cultivar a autoconsciência. Ameaças não tão óbvias à nossa sobrevivência, como ter a chance de perder o emprego ou o seu chefe ser mal-educado com você, ativam a mesma área do medo, e quando isso acontece as suas energias são destinadas a se livrar daquela ameaça. Você passa a não conseguir pensar em mais nada além da possibilidade de ficar desempregado, sua frio, fica ansioso, impossibilitado de adquirir novos conhecimentos e com a imunidade baixa (pois pense comigo: se você está usando toda a energia possível para se preparar para sair correndo ou atacar alguém, não sobra energia para manter o funcionamento adequado do seu corpo, e você acaba adoecendo). De forma muito resumida, é isso que ocorre quando você fica estressado.
O mesmo ocorre com a emoção de alegria, em mecanismo diferente. Quando você é exposto a algo que te dê satisfação (como uma promoção no trabalho ou encontrar alguém que você ama), são ativados mecanismos cerebrais mediados por hormônios como a serotonina, a dopamina e a ocitocina, que causam a sensação de conforto, de pertencimento e de segurança. Com esses mecanismos funcionando, o seu corpo pode “relaxar” e “se permitir” aprender coisas novas e aproveitar os momentos.
Esteja sempre atento aos sinais que o seu corpo te dá e busque inserir no seu dia-a-dia atividades simples que modulem as suas emoções de forma positiva:
- Ouça músicas que te deixam feliz
- Encontre ou converse com pessoas que ama
- Vá a lugares em que possa ficar tranquilo e se dê alguns minutos de paz, de foco no presente
- Separe um tempo no seu dia para estar em contato com a natureza
- Veja fotos antigas de situações muito felizes que já viveu
Quer saber mais sobre esse tema? Tenho uma ótima recomendação! Os livros “Inteligência Emocional” e “O Cérebro e a Inteligência Emocional”, de Daniel Goleman.
E lembre-se: as nossas emoções são nossas aliadas! Elas te dizem muito do que você precisa saber sobre si.
Um abraço,
Anna C. G. Müller