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Os estudos contemporâneos destacam cada vez mais a importância de enxergar a Educação como uma forma de encarar os desafios atuais da sociedade. Além de ser essencial pela troca de informações técnicas e teóricas, e também por ser um dos responsáveis pelos estímulos de desenvolvimento para as crianças e adolescentes nas fases iniciais da vida, a educação ainda cumpre suas funções sociais nas lutas contra preconceitos e desigualdades. Educar não é apenas incluir um currículo disciplinar na rotina de alguém, mas também é possibilitar a experimentação, despertar a curiosidade, ocasionar o contato com diferentes pessoas, grupos e comunidades, viabilizar a troca de experiências e muitas outras coisas. Discutimos mais o papel a educação no texto “O verdadeiro papel da educação” encontrado aqui.
Os quatro pilares da educação, levantados pela Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, baseiam-se na ideia de que a Educação nos dias de hoje deve sim ampliar a circulação de informações, mas também de instruir e acompanhar o desenvolvimento dessas, de acordo com os acontecimentos nas comunidades e também das individualidades. Acompanhar o progresso do mundo, influenciando-o a ser um ambiente melhor, mais harmônico, de paz e livre de injustiças sociais. Os quatro pilares são: aprender a ser, aprender a conhecer, aprender a fazer e aprender a conviver.
Aprender a ser = desenvolvimento do ser como um todo, pensando de forma crítica e autônoma
Aprender a conhecer = estar em constante aprendizagem, ter a capacidade de se renovar
Aprender a fazer = não ficar apenas na prática, mas saber executar
Aprender a conviver = viver em harmonia com as diferenças, respeitar, relacionar-se em comunidade
Partindo desses conceitos conseguimos visualizar a Educação com funções necessárias ao percebermos uma sociedade cada vez mais globalizada, tecnológica e informada. Para “acompanharmos o ritmo” é necessário que o âmbito educacional auxilie as pessoas também com ferramentas voltadas ao desenvolvimento humano, às causas sociais, às políticas e às noções de pertencimento a uma comunidade, em esfera maior ou menor. Trabalhar com o potencial criativo de cada indivíduo, dispor de tecnologias para fomentar as pesquisas, respeitar as escolhas pessoais, incentivar a autonomia, apoiar as experimentações, sem julgamentos, pressões ou questionamentos, deve fazer parte de um novo olhar para a educação.
Muito além do saber absoluto, a nova educação promove o encantar-se com a ideia da transformação, da renovação do conhecimento, com a descoberta do novo. Permitir o criar, apoiar o querer e instruir ao sentir.