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A Educação no mundo contemporâneo passa por mudanças cada vez mais rápidas e complexas; aprender e ensinar são elementos desse processo acelerado e exigem inovação e flexibilidade por parte dos envolvidos: alunos, professores, governantes e comunidade. Refletir sobre os objetivos de nossas estruturas educacionais nos leva a buscar alternativas que possam solucionar o propósito da educação: contribuir com a formação e desenvolvimento de cidadãos ativos, singulares e humanos.
Devemos parar de pensar a educação como apenas um conjunto de ensinar-aprender. A escola em seu formato tradicional, com suas carteiras enfileiradas e um professor que transmite os conteúdos do livro didático aos alunos, já não condiz mais às necessidades do mundo atual.
Sabemos hoje que aprender, por exemplo, é algo muito particular. Cada um aprende de um jeito, de acordo com seu estilo de aprendizagem uns aprendem melhor lendo, outros assistindo vídeos, outros precisam escrever para compreender melhor, e ainda há aqueles que preferem experimentar a teoria para efetivar a aprendizagem na prática.
Da mesma forma, ensinar se tornou algo complexo, que exige cada vez mais do professor. Se antes os livros faziam parte do acervo inviolável do mestre, agora kindles, notebooks, tablets, plataformas online, videoaulas e “N” outros instrumentos digitais estão presentes no dia a dia dos professores, em cujas casas não podem faltar internet – e criatividade! Produzir materiais didáticos para o processo de ensino-aprendizagem infere assídua pesquisa em diversas fontes, pois a informação se transforma o tempo todo num mundo online, totalmente conectado
Independente da ferramenta utilizada, é imprescindível consideramos os motivadores da aprendizagem. O processo de aprender deve ser algo natural, de motivação intrínseca, que gera prazer e curiosidade. A educação deve ser experimental, e quem faz parte dessa ação deve se sentir livre para explorar. É muito importante para um estudante compreender o real uso de determinado conteúdo e conseguir conectá-lo com as práticas vivas, que fazem parte do seu meio, que fazem sentido para si.
Muito além de uma sala de aula, a educação tem a ver com o florescer do ser humano. Todos nós temos desejos e necessidades diferentes, que devem ser ouvidas e respeitadas. O maior desafio que os educadores e estudantes enfrentam hoje é, de fato, comunicar essas necessidades individuais de cada um e fazê-las presentes durante o processo de aprendizagem, onde o ambiente é, muitas vezes, inapropriado para o olhar voltado ao singular. Um dos primeiros obstáculos é realmente a percepção do aluno sobre suas necessidades e o acolhimento delas pelo professor: como trabalhar com as particularidades, onde há grande grupos e um vasto cronograma a ser cumprido?
Talvez essa pergunta também faça parte das novas direções para onde os olhares relacionados às mudanças educacionais devem tornar: seria a prioridade da educação o simples cumprimento de uma grade curricular, ou deve-se abrir espaço para o desenvolvimento humano nos ambientes escolares?
Se reconhecermos que o aprender acontece o tempo todo, nos mais variados espaços e através das diversas interações, passamos a perceber que educar vai muito além de cumprir disciplinas e atribuir notas – educar é fazer parte da vida de um ser humano que está, assim como você, em constante desenvolvimento e aprendizado.
As vivências e trocas entre os seres humanos deveriam ser o combustível para as práticas educacionais, uma vez voltadas ao indivíduo como parte essencial da sociedade, ser crítico e pensante, capaz de transformar a si e aos demais através de seus impulsos interiores com sua criatividade, curiosidade, respeito e demais virtudes.
